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Calor perto dos 40 °C desafia sojicultores em MT e coloca qualidade das sementes em risco

Dados do Climatempo indicam que o tempo seco e as temperaturas próximas a 40 °C continuam causando estresse hídrico nas lavouras recém-plantadas em Mato Grosso, em outubro. Além das preocupações com o plantio, as altas temperaturas também exigem um cuidado extra no armazenamento e transporte de sementes, que devem ser mantidas com temperatura e umidade controladas.

Qualidade de sementes exige cuidados de produtores | Foto: Ilustrativa (Mapa)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Soja, as sementes devem ser armazenadas em temperatura inferior aos 25ºC e umidade relativa do ar abaixo dos 70%. O armazenamento pode ser feito na própria propriedade ou o produtor pode retirar a semente do armazém do fornecedor o mais próximo possível da época de semeadura, para que não perca a qualidade.

Para transportar de forma adequada nessa época de estiagem, empresas de sementes adotam algumas estratégias, dentre elas o uso de mantas térmicas nos caminhões que fazem o trajeto até as fazendas. Segundo o CEO da Agro-Sol, Eduardo Dallastra, é necessário um planejamento logístico para que a semente chegue ao destino em bom estado de conservação e uso.

Para o gestor, todas as etapas precisam ser pensadas da indústria ao campo, como o controle de umidade, temperatura e manuseio. Eles asseguram que o potencial de germinação se mantenha elevado, bem como o vigor das sementes.

Sementes piratas

Além da preocupação com o clima, os sojicultores também devem se atentar a outro risco: adquirir sementes piratas, termo utilizado para aquelas que não tem a certificação adequada e podem transmitir pragas e doenças.

De acordo com levantamento da empresa CropLife Brasil, mesmo sendo o maior produtor de soja do país Mato Grosso tem apenas 5% da área de soja plantada com semente pirata. Esse índice é o menor que o dobro da média nacional de 11%. O Rio Grande do Sul possui 28% da área de soja comprometida por sementes piratas.

Para além da legalidade, o uso da tecnologia aumenta a produtividade ao assegurar pureza genética, sanidade e suporte técnico, explica Jeferson Andrade, agrônomo, mestre em Tecnologia de Produção de Sementes e gestor da Polato Sementes. Para Andrade, embora a semente pirata pareça mais barata no momento da compra, ela reduz a produtividade, eleva os riscos sanitários que podem comprometer drasticamente a lavoura, além de ser considerado crime contra a propriedade intelectual e contra a legislação de sementes e mudas no Brasil.

O levantamento destaca ainda que o prejuízo nacional com sementes piratas chega a R$ 10 bilhões por ano. Os dados também incluem as “sementes salvas”, termo que representa os grãos reservados por um produtor rural para o plantio em sua próxima lavoura.

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