Conhecido pela sua biodiversidade e ecossistema grandioso, o Pantanal também tem sido alvo de iniciativas para incentivar a produção agropecuária sustentáveis, que esbarra em desafios como a legislação e as características do bioma, que passa grande parte do ano, alagada.
Dentre as estratégias está o Programa Fazenda Pantaneira Sustentável, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal e Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) que busca dar suporte aos pecuaristas pantaneiros para criarem gado de forma alinhada ao meio ambiente.
Participam do programa 15 propriedades rurais nos municípios banhados pelo bioma. “O programa vem contribuindo de forma decisiva para a conservação do Pantanal e para a valorização da pecuária de forma sustentável, demonstrando que é possível produzir com responsabilidade preservando o patrimônio natural”, destacou Vilmondes Tomain, presidente do Sistema Famato.
Segundo dados da Embrapa Pantanal, atualmente, o bioma conta com 93% de sua área em propriedades privadas e 84% conservada.
Em contrapartida, para o Senador Wellington Fagundes, a ausência de legislação específica tem evidenciado gargalos para os pecuaristas que pretendem investir no bioma.
“Nosso Pantanal praticamente foi abandonado, sem política pública e depreciando de forma muito grandiosa. Hoje, para vocês terem uma ideia, é possível comprar um hectare de terra no Pantanal com mil dólares”, afirma.
Estatuto do Pantanal
Em outubro de 2025, foi criada a Lei n.º15.228 de 2025, conhecida como Estatuto do Pantanal. O documento traz princípios e diretrizes para a proteção, restauração e uso sustentável das terras no bioma. Segundo a Agência Senado, a lei busca garantir que o bioma seja utilizado com sustentabilidade.
“Queremos pedir a todos, para nos ajudar com ciência e tecnologia e assim fazer com que o Pantanal volte a ser uma área produtiva, com uma produção extremamente sustentável”, afirmou o Senador Wellington Fagundes.
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