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De técnico ‘antivermelho’ a ‘malandragens’ em campo: argentinos dão dicas de como parar o Racing na Libertadores

O Flamengo largou na frente na semifinal da CONMEBOL Libertadores e venceu o Racing por 1 a 0, no Maracanã. Agora, o Rubro-Negro decide uma vaga na final do “caldeirão” do El Cilindro, em Avellaneda, com a torcida do clube argentino prometendo uma enorme festa no estádio.

Campeã da última edição da CONMEBOL Sul-Americana, La Academia busca a “dobradinha” com a Libertadores, título que venceu uma única vez, em 1967. E sob o comando do técnico Gustavo Costas, os argentinos tentam deixar a disparidade financeira de lado para serem campeões continentais novamente.

A ESPN entrevistou três ex-jogadores argentinos para falar sobre o confronto desta quarta-feira (29). E todos alertaram para os perigos do Racing no El Cilindro, além, claro, de destacarem Costas como um dos líderes do time.

Com passagem pelo Flamengo de 2007 a 2008 e atualmente técnico na base do Atlético Tucumán, o ex-volante Hugo Colace disse o que o Rubro-Negro vai encontrar em Avellaneda e lembrou de uma peculiaridade de Costas: o fato de não gostar nada da cor vermelha, que remete ao Independiente, arquirrival do Racing.

“O Racing, nos últimos anos, tem um time muito competitivo, que quer ganhar tudo. Tem um treinador que vai para cima, que tem experiência. Vai ser um jogo muito difícil para os dois lados, são times grandes, tanto no Brasil quanto na Argentina, competem em alto nível. O que eu vejo de fora é um espetáculo, gostaria muito de assistir do estádio. São dois times que vão brigar até o final, que jogam bem. Para o público vai ser um espetáculo muito lindo”

“É um time difícil, que joga bem e ao mesmo tempo tem muita intensidade, tem atacantes que correm toda hora, tem um time compacto, que é flexível, que se mete pelas bandas, que transforma meio em uma linha de cinco. É um time muito híbrido e está nessa fase da competição porque venceu”, prosseguiu, falando sobre Costas.

“Era muito aguerrido quando ainda jogava, hoje tem muitas superstições ou protocolos, que têm um sentimento de pertencimento ao Racing. Por isso não usa vermelho, evita o vermelho todo tempo e faz com que os seus jogadores façam o mesmo.”

Aposentado dos gramados de 2023, o ex-volante Ariel Cabral, que passou por Cruzeiro e Goiás no Brasil e conhece muito bem o Racing por ter jogado na Argentina, chamou atenção para a “catimba” do clube de Avellaneda – algo que foi possível notar desde o duelo no Maracanã.

Ariel Cabral ainda citou o fato de o Flamengo ter feito somente um gol no Rio de Janeiro, o que deixou os argentinos “vivos” para a decisão em casa.

“O Racing vem de lá, mesmo perdendo por 1 a 0, com uma certa tranquilidade e muita fé de que vai virar aqui (na Argentina), vai fazer o seu tipo de jogo, como em outras partidas da Libertadores. E com a confiança que a torcida está, você vê a movimentação deles, a torcida empurrando. Eles estão muito confiantes. Vai ser um jogo típico de Libertadores, mas o Racing saiu de lá bem, tranquilo. Claro que perdendo por 1 a 0 de um time desses (Flamengo) é difícil, é bem pegado. Aqui o Racing é forte”, disse.

“Acho que foi um ‘pecado’ (Flamengo não ter feito mais gols). O que pensa qualquer time argentino que vai jogar no Brasil em uma semifinal de Libertadores? ‘Vou lá, no Maracanã lotado, um time gigante’. O ideal é ganhar, mas é muito difícil nessas condições. O empate era quase perfeito, mas 1 a 0 não é ruim para o Racing. Quando eles jogam em casa, você sente muito a torcida. O esquema tático deles (no Maracanã) bem arrumadinho, certinho, e lógico que o Flamengo iria atacar, tem jogadores de muita qualidade”, prosseguiu.

“Como time, pelos nomes, (o Flamengo) é muito superior hoje em dia. Aqui na Argentina todos são apaixonados por futebol assim como no Brasil e falam que o Flamengo é o ‘monstro’, então há muito respeito com essa classe de time, assim como o Palmeiras. O Racing vem de lá com uma certa postura tranquila, sabe que aqui (na Argentina) vai ser difícil, mas vai jogar o seu jogo. Dentro do possível, conseguiu (no Rio) um resultado tranquilo.”

“No jogo de ida, eu percebi que a todo instante o Marcos Rojo, que é experiente, com passagem fora, ele estava toda hora falando bem pertinho dos jogadores, dando risada, cutucando a orelha dos jogadores (do Flamengo). Eu o vi chegando perto do Arrascaeta, do Carrascal. E essas coisas fazem diferença no detalhe. E aqui (na Argentina) vai ter muito isso, essas malandragens. O argentino, culturalmente, vai levar o jogo para esse lado.”

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Ariel ainda disse qual deve ser a postura do Rubro-Negro para sair da Argentina com a classificação e apontou as fraquezas desse time do Racing.

“(O Flamengo) vai ter que estar muito acertado taticamente, arrumadinho. O Filipe Luís é inteligente, sabe como encarar esse tipo de jogo, não é bobo, tem a experiência de jogador. Fora de casa, e ficar com o time aberto o Racing vai aproveitar, não vai ser o mesmo jogo de lá (na Maracanã). Eles vão estar taticamente bem posicionados, mas vão soltar mais os pontas, vão ter essa liberdade no jogo de volta, aonde você tem que buscar o resultado, tem que estar bem postado em casa e a torcida vai acompanhar. O Flamengo tem que estudar muito esse jogo porque não pode deixar espaço para o Racing em nenhum momento. E não confiar apenas no resultado, 1 a 0 é muito pouco”

“Às vezes você roda a bola rápido e encontra espaço, pelos lados vai ter vantagem porque eles (Racing) são bem arrumados taticamente, mas chega uma hora que deixam espaço para atacar. Aconteceu contra o Vélez, que jogou muito bem em casa, e o Racing jogou da mesma forma que jogou com o Flamengo (no Maracanã). Estavam bem postados, bem ligados. Mas a fragilidade de um time assim é ter paciência, buscar pelos lados e na hora de encontrar o espaço, atacar, aproveitar porque o Racing vai estar bem preparado.”

Quem também falou sobre a partida foi o ex-meia Claudio Borghi, campeão do mundo com a Argentina em 1986, no México, e que passou pelo Flamengo no final dos anos 80. O veterano também opinou sobre os pontos fracos do Racing e lembrou dos duelos contra Costas, quando ambos ainda atuavam profissionalmente.

“O ponto fraco de um time é ter responsabilidades que não pode assumir. Há duas coisas importantes no futebol, o urgente e o importante. O urgente é ganhar, para todos. E às vezes se esquece o que é importante, que é jogar bem. Essa urgência que os times têm em somente ganhar e às vezes sem jogar bem faz com que os jogos não sejam bons e que as urgências comprometam muito a característica dos jogadores. Me dá a sensação de que, hoje, os jogadores são obrigados somente a ganhar. E isso não é bom sempre”, disse.

“Se o Racing tiver urgências, vai ter muitas dificuldades. Evidentemente, depois cada jogador tem as suas determinações em campo e busca o melhor para o time, mas o Flamengo tem um time muito importante para dar liberdade e espaço, se preocupando somente em atacar. Essa é a sensação que me dá do que pode acontecer com o Racing de acordo com o desespero para conseguir o resultado”, prosseguiu.

“(A ida) foi um jogo muito especial. Eu vi o técnico do Racing dizendo que o Flamengo ‘é uma seleção’. O Flamengo tem grandes jogadores. Vai ser um jogo difícil (em Avellaneda). O Flamengo fez um gol no fim e isso significa que o Racing vai ter que fazer um gol, e isso não é fácil. Vai ser um jogo muito interessante por tudo o que significa. O estádio do Racing não é um Maracanã, mas é um estádio muito grande, com muito público. Isso vai ser um problema para o Flamengo. Vai ser um jogo aonde a tensão vai estar voltada para o time da casa, que é o Racing”, afirmou, falando ainda sobre Costas.

“Gustavo tem uma ligação importante com o Racing. Ele acompanhava o time desde que era muito pequeno, é torcedor fanático do clube. É um personagem muito particular. Quando ele trabalhava no Chile começou a bater com a cabeça no banco de reservas antes de um gol, é algo que chama muita atenção. Algumas pessoas gostam dele, outras acham que ele é um pouco exagerado. Dentro da sua forma de ser é assim, é algo que ele não pode corrigir.”

“Como jogador, foi um zagueiro não muito bom, não era agradável vê-lo jogar, mas cumpria todas as funções que o técnico pedia. Ele é um personagem, em todos os times que passou teve resultado. Essa forma de ser dele é muito especial”, finalizou.

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