A eleição para a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), suspensa em meio a uma batalha jurídica em maio, já tem nova data. Será realizada em 2 de dezembro, na sede da entidade. O pleito, convocado por edital nesta segunda-feira (17), marca a retomada de um processo interrompido por impasses, exclusões de clubes, tentativas de recurso e forte tensão entre as chapas envolvidas.
Na pauta estão a escolha do presidente, quatro vice-presidentes e os membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal para o quadriênio 2025-2029. A nova convocação foi assinada por Luciano Hocsman, presidente da Federação Gaúcha de Futebol, nomeado pela CBF como interventor da FMF após o colapso do processo eleitoral anterior.
O regulamento eleitoral já está disponível no site oficial da FMF, na aba “Eleição”, juntamente com toda a documentação necessária para o processo, incluindo a Declaração de apoiamento, a Ficha de subscrição de chapa, documentos e prazos formais exigidos para registro de candidato.
Na portaria, a Federação reforçou que “todo o processo eleitoral está sendo conduzido com absoluta transparência, ampla publicidade e total respeito às normas estatutárias e aos princípios democráticos, garantindo igualdade de participação a todos os filiados”.
Primeira eleição cancelada
No dia 3 de maio, a eleição para a presidência da Federação Matogrossense de Futebol (FMF) foi cancelada após uma série de impasses jurídicos e discussões acaloradas entre as chapas envolvidas.
O processo, que deveria ocorrer pela manhã, foi suspenso após o Camponovense, clube ligado ao grupo de Dorileo, ter sido excluído do pleito na noite anterior, enquanto o Juara, associado a Aron Dresch, foi considerado apto a votar.
O advogado do Camponovense foi impedido de participar da reunião matinal, mas o presidente da FMF compareceu. Enquanto isso, policiais circulavam no local para monitorar a situação.
A chapa de Aron Dresch tentou reverter a decisão da oficial de justiça, mas o prazo para recorrer se estendia até a tarde. Às 14h30, uma nova reunião foi convocada para formar outra comissão eleitoral, já que a anterior havia sido suspensa.
No entanto, a tensão aumentou quando um documento assinado pelos advogados Eduardo Costa e Silva e Erika Carolina Silva pediu a prisão de Aron Dresch, a nomeação de um interventor na FMF e uma multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento de liminar.
No período da tarde, as discussões foram intensas, com gritarias e divergências entre os grupos. Por volta das 16h, o advogado Eduardo Costa e Silva declarou que todas as ações tomadas após a suspensão da eleição não teriam validade, reforçando que quem desrespeitasse a ordem judicial deveria ser punido.
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