A Jalles Machado encerrou a moagem de cana-de-açúcar da safra 2025/26 em suas três usinas com um volume processado de 7,076 milhões de toneladas, 5,9% menor do que o estimado para esta temporada, a 10,1% abaixo do executado no ciclo passado.
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Embora a área colhida tenha aumentado 3,4% na comparação anual, alcançando 94,8 mil hectares, a produtividade recuou 11,8%, para 74,5 toneladas por hectare. Em relação ao estimado inicialmente, o resultado ficou 6,6% menor.
Segundo a companhia, esse desempenho decorre principalmente das chuvas “significativamente” abaixo da média entre fevereiro e março. Especialmente na Usina Jalles Machado, em Goianésia (GO), as lavouras tratadas de forma orgânica foram afetadas pelo aumento da competição com mato, o que também provocou menor produção de açúcar orgânico.
Em compensação, a concentração de sacarose na cana ficou um pouco acima do esperado, em 139,3 quilos de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana processada, 1,2% acima do projetado e 0,5% melhor do que a safra passada.
Como resultado, a quantidade total de ATR produzido da cana processada (que resulta na produção de açúcar e etanol) somou 985,6 mil toneladas, queda de 9,6% na comparação anual.
Essa redução ficou mais concentrada na produção de etanol, que recuou 13,2% na comparação anual e ficou em 310,5 mil toneladas. Já a produção de açúcar teve queda de 5,3%, para 436,6 mil toneladas. Essa diferença se deu porque 46,4% do ATR foi direcionado à produção de açúcar, acima dos 44,3% da safra passada.
Já a expectativa inicial era de que a safra fosse ainda mais açucareira, com um mix inicialmente projetado em 51,8%. “À medida que a paridade passou a favorecer o etanol, a companhia realocou parte da produção, especialmente nas unidades de Goiás, a fim de maximizar a geração de valor”, explicou a Jalles, em comunicado assinado por Rodrigo Penna, diretor financeiro e de relações com investidores.
