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Dirigente que deu origem à Operação Penalidade Máxima detona julgamento de Bruno Henrique, do Flamengo, e faz forte desabafo à ESPN

Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova, concedeu entrevista exclusiva à ESPN e fez um longo desabafo a respeito da de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, ter sido multado em R$ 100 mil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e liberado para jogar após ter sido denunciado por forçar um cartão amarelo contra o Santos, em 2023, e beneficiar apostadores.

O mandatário do time goiano foi o autor da denúncia que motivou o início da Operação Penalidade Máxima, que descobriu e investigou um grande esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro para beneficiar apostadores esportivos.

“Eu vi o julgamento todinho. Alegou-se ali, na matéria de defesa, no atipicidade de puní-lo da forma como deveria, mas num caso semelhante, havia também ali um atleta que foi Gabriel Domingos, que também não tinha a atipicidade, atipicidade nenhuma para puni lo, porque ele teria emprestado a conta”, iniciou com exclusividade para a ESPN.

“Não foi encontrado prova nenhuma nesse sentido. Ele foi punido por 720 dias por emprestar a conta. Então, dentro desse contexto, por que não puní-lo (o Bruno Henrique)? E ainda não é possível a punição dele pela própria CBF através do quadro de ética da CBF. Então, ainda há a possibilidade de punir.

“Tem que punir com rigor, porque o que ele fez? Um vazamento de uma informação sensível. A partir do momento que ele vai, ele passa a informação de um fato controlado que vai acontecer. Ele participou indiretamente, sim, da posse e merece ser punido e punido com rigor”, disse o presidente.

Hugo Jorge disse que o julgamento de Bruno Henrique foi semelhante ao de Gabriel Domingos, ex-Vila Nova, e condenado a dois anos de suspensão, além do pagamento de multa de R$ 80 mil, e que houve grande discrepância entre as punições para atletas de times de divisões inferiores em relação a nomes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.

“A punição ficou muito mais branda do que outros atletas de outras divisões. É difícil a gente falar porque. Vamos lá. Tem que fazer uma análise mais profunda do porquê disso aí. Tem que se questionar os auditores do STJD do porquê, do porquê”.

“É difícil a gente ficar falando porque posso ser punido até de forma mais severa que ele. A própria composição do STJD tem que ser revista. Olha ali as pessoas, o conhecimento do direito desportivo, a sensibilidade, a capacidade de julgar. Como deve ser julgado um esporte tão sensível como esse? Julgar uma matéria desportiva, requer uma propriedade muito grande, requer coerência, requer senso de justiça, requer coragem, coragem de ser imparcial”.

“Foi banido o Domingos, que tomou 720 dias, que emprestou a conta para algo que nem aconteceu e depois ele teve um arrependimento que foi até um arrependimento eficaz. E aí você compara com outros atletas, Por que as pessoas não pegam e façam uma análise? Aí vem a narrativa: ‘Ah, eu vi que é atípica, não merecia ser punido’. E o tanto de gente que vemos aí? O Gabriel Domingos, que também não tinha tipicidade e foi punido com 720 dias. Então as pessoas precisam entender. E aí é um reflexo não só da justiça desportiva, mas um reflexo do país. Nós vivemos num país da impunidade”, desabafou.

Hugo Jorge seguiu com sua análise, disse que Bruno Henrique acabou se beneficiando por ter tido que pagar “apenas” uma multa de R$ 100 mil e que decisões da Justiça desta forma só ajudam no favorecimento para que outras pessoas cometam o mesmo tipo de ato.

“Você tem que encarecer ele… você pega um caso igual ao Bruno Henrique, vaza um informação sensível para a família ganhar dinheiro em banca de aposta. Custou R$ 100 mil. É muito lero lero a imagem. Que imagem, rapaz! Teve um desvio ali, mas custou R$ 100 mil”.

“Então, vamos dizer, faz a conta. Se às vezes uma pessoa vazar a informação sem conseguir fazer uma aposta que vai trazer um lucro de R$ 1 milhão. É só você fazer a balança, compensou não compensou pra ele? Ela vai ter um caráter pedagógico de inibir outras pessoas fazerem ou não? Na minha opinião, esse tipo de pena ela favorece o cometimento de ações criminosas como essa”. Por fim, o presidente do Vila Nova disse que atletas que se envolvem direta ou indiretamente com apostas esportivas deveriam ser “banidos” do futebol.

“Eu penso que que eles deveriam ter sido banidos de forma definitiva. Todo mundo que envolve com isso aí tem que ser banido de forma definitiva, porque ele está indo no sentido do que tem de mais puro no esporte, que é a imprevisibilidade do resultado”.

“E ele está indo na paixão nacional, que é o futebol, então tem que ser banido para mostrar que o rigor da punição faz com que o crime não compensa, que essas ações não compensa”.

“Você não está tirando a oportunidade dele ser um treinador de futebol dele ser um preparador físico dele, ser um comerciante, empresário, ser um grande advogado, um grande professor. Você não está tirar nada disso. Você está tirando tão somente ele de uma atividade que ele deveria ter zelado do princípio maior dela. Então, eu, particularmente, quando você comete um erro gravíssimo desse, você tem que ser banido”, finalizou.

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