Mariana Aragão, futura chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, entrevistada do Agro de Primeira MS desta semana, disse que a Síndrome da Impostora ainda é muito forte no agro.
Essa condição caracteriza-se quando a pessoa sente que não merece suas conquistas, acha que é “fraude” e teme ser “descoberta”, mesmo tendo capacidade real.
“Quando me disseram para eu me candidatar ao cargo de chefe-geral eu pensei, no primeiro momento, por que eu? Depois de refletir melhor, passei a pensar por que não eu?”, disse Mariana.
Embrapa
Ela disse que, apesar da Embrapa ainda ser uma área predominantemente masculina, com apenas 35% de mulheres, o cenário vem mudando com 38% das mulheres em cargos de liderança.
“Temos a presidente e mais três diretoras mulheres. Isso vai abrindo portas e demonstrando que é possível, é importante trazer essa visibilidade para a mulher porque muitas vezes é mais fácil a gente convidar um homem porque eles têm mais visibilidade, eles estão mais presentes no cenário, especialmente no agro”.
Ela finaliza dizendo que passou por essa situação durante a organização de um evento.
Pensou em palestrantes e, num primeiro momento, nomes de homens vieram à cabeça.
“Aí você precisa pensar um pouco mais porque vai encontrar mulheres. Elas talvez não estejam tão em evidência por timidez, às vezes, mas não falta competência. Então, é preciso quebrar crenças limitantes se preparar tanto quanto qualquer pessoa para uma atividade, um cargo e não mais só pelo fato de ser mulher.”, conclui.
Este é um corte do podcast Agro de Primeira. Veja a íntegra aqui.