A temporada 2025/26 da NBA vai começar com estilo! O Los Angeles Lakers recebe o Golden State Warriors na abertura do ano, com transmissão ao vivo da ESPN e Disney+. A partida colocará frente a frente astros da NBA como Luka Doncic, Stephen Curry e Jimmy Butler.
Mas dentre os nomes estrelados, uma ausência chama a atenção: LeBron James não estará presente, pois se recupera de uma lesão no nervo ciático. Será a primeira vez na história que o ‘King’ não participará da primeira rodada da temporada regular.
(Conteúdo oferecido por Ford, Novibet, Hellmans e C6)
Ainda assim, 2025/26 serão anos históricos na carreira do astro dos Lakers. Afinal, assim que LeBron entrar em quadra, irá iniciar sua 23ª temporada na NBA, um recorde na história da liga. Quando o camisa 23 tiver seu primeiro momento pelos Lakers na temporada, se tornará o atleta mais longevo da história da NBA. Alem disso, o King também é o maior pontuador, 2° no número de jogos, 4° no ranking de assistências, 6° em roubos de bola, 7° em arremessos certos para três pontos e 26° em rebotes. Como se não bastasse, LeBron e o filho, Bronny James, são os primeiros pai e filho a atuarem simultaneamente em um jogo de NBA. E a parceria deve continuar, uma vez que Bronny permanece no elenco dos Lakers.
Em 29 de outubro de 2003, LeBron entrou em quadra vestindo a camisa do Cleveland Cavaliers para encarar o Sacramento Kings na abertura da temporada 2003/04. James foi a primeira escolha no Draft de 2003, com expectativas quase surreais para um jovem de 19 anos que nunca havia pisado numa quadra como jogador profissional.
Mas o ‘Chosen One’ (O Escolhido, em tradução livre) corrrespondeu às expectativas logo de cara. Foram 25 pontos, 6 rebotes, 9 assistências e 4 roubos de bola em 42 minutos em quadra, praticamente sem descanso. De lá para cá, anotou 50.473 pontos em 1.854 jogos (somando temporada regular e playoffs) e se tornou um dos maiores de todos os tempos do basquete. Para muitos, o maior.
O rol de atletas que LeBron faz parte é de luxo. Além dele, apenas um jogador conseguiu permanecer na NBA por 22 anos: Vince Carter, lendário ala de equipes como Toronto Raptors, New Jersey Nets (atual Brooklyn Nets), Orlando Magic, entre outros. Na última temporada, James ultrapassou o número de jogos de Carter, que atualmente é o 4° com mais partidas na história.
Logo em seguida, no ranking, vêm quatro atletas com 21 temporadas cada. O primeiro é Robert Parish, pivô que fez carreira principalmente pelo Boston Celtics, onde passou 14 anos da carreira. Parish também é o recordista em número de jogos em temporada regular na história, com incríveis 1.611 jogos. Mas está prestes a perder o primeiro posto, caso LeBron entre em quadra 50 vezes nos próximos meses.
Também com 21 anos na liga, o alemão Dirk Nowitzki tem 1.522 jogos de temporada regular na NBA, mas também detém um recorde impressionante, talvez o mais difícil de ser batido: passou mais de duas décadas no mesmo time, o Dallas Mavericks, campeão em 2010/11, e por onde foi MVP em 2006/07. Essa marca nem LeBron conseguirá bater.
Fechando a lista, Kevin Garnett, com 1.462 jogos, e Kevin Willis, com 1.424, são os outros atletas que disputaram 21 anos de NBA.
Destes, apenas Dirk e Garnett, com 40 e 38 anos, respectivamente, pararam mais novos que LeBron, que irá completar 41 anos em dezembro. Parish e Carter foram até os 43, enquanto Willis foi ate os 44 anos de idade. Willis, inclusive, foi o atleta mais velho a entrar em quadra durante a ‘era moderna’ da NBA, com 44 anos e 224 dias, em 2007. Além dele, apenas Nat Hickey entrou em quadra com mais idade: 45 anos e 463 dias. Mas o feito foi alcançado em 1948, ainda na época da BAA. Hickey, inclusive, teve apenas dois jogos na carreira nesta liga que, anos depois, se tornaria a NBA.
Mesmo aos 43 anos, ‘Bron’ não baixou o nível de atuação. Desde a temporada de estreia, em 2003/04, até a 2024/25, que terminou em junho, só ficou de fora das votações para MVP em duas delas. Na última, terminou na sexta posição. Um feito praticamente surreal e irreplicável no mundo dos esportes.
Outros ‘quarentões’ também seguem na ativa em outras modalidades, mas ter o mesmo brilho e competitividade de LeBron é praticamente impossível. No tênis, Serena Williams, aos 45 anos, compete em pouquíssimos torneios e não tem conseguido ir muito longe. No masculino, Novak Djokovic, aos 38, ainda está no top10 do ranking da ATP, mas já apresenta dificuldades físicas para atuar nos Grand Slams, principais torneios da modalidade, resolvidos em melhor de cinco sets.
Já no futebol, é impossível não fazer um paralelo com Cristiano Ronaldo. Aos 40 anos, o ‘robozão’ segue balançando as redes com frequência e está prestes a chegar ao milésimo gol da carreira. Mas para isso, precisou deixar o futebol europeu, de calendário e exigência física maiores, para atuar na Arábia Saudita, pelo Al Nassr.
Também há um claro paralelo no Brasil. O goleiro Fábio, do Fluminense e de longa carreira no Cruzeiro, segue em alto nível no Campeonato Brasileiro e competições continentais mesmo aos 45 anos.
Já no automobilismo, o mais experiente do momento é Fernando Alonso. O espanhol corre pela Aston Martin, equipe pela qual conseguiu alguns pódios em 2023. Mas de lá pra cá tem passado em branco, além de nunca ter vencido uma temporada após o bicampeonato em 2005 e 2006.
Curiosamente, no Novo Basquete Brasil, LeBron tem dois ‘correspondentes’: Alex Garcia, ala do Bauru Basket, e Shamell, ala do Caxias do Sul (e também maior pontuador da história do campeonato), seguem na ativa aos 45 anos de idade.
Quando a troca dos Lakers por Luka Doncic foi anunciada, a comunidade da NBA ao redor do mundo foi à loucura. Afinal, seria a reunião do maior jogador da geração dos anos 2000, com um dos grandes astros da segunda metade de 2010 em diante. Em 23 jogos de temporada regular, Doncic e LeBron dividiram a quadra em 23 partidas, totalizando 567 minutos e um saldo positivo de dois pontos a cada 100 posses de bola.
Embora LeBron seja conhecido por levar alguns elencos medianos às finais da liga, o ‘King’ já teve outros grandes companheiros ao longo da carreira. A primeira grande reunião de astros aconteceu na temporada 2010/11, quando James deixou Cleveland após sete temporadas, e se juntou ao Miami Heat. Por lá já estava o ala/armador Dwayne Wade, maior ídolo da equipe e eleito para o Hall da Fama do basquete em 2023. Junto de LeBron, chegou o pivô Chris Bosh, que estava no Toronto Raptors. Juntos, formaram um dos melhores trios da história da modalidade e conquistaram dois títulos: 2012 e 2013.
De volta aos Cavs em 2014/15, LeBron se deparou com um jovem armador, que estava indo para o quarto ano na carreira, enquanto James iria para o 12°: Kyrie Irving. Ao lado do ‘Uncle Drew’ e de Kevin Love, que também chegou a Cleveland naquela temporada, o King James teve anos incríveis, que culminaram no histórico título de 2016, após virarem a final que estava 3 a 1 para o Golden State Warriors de Stephen Curry, Klay Thompson, Draymond Green e companhia.
Anos depois, quando foi para o Los Angeles Lakers, LeBron recebeu um companheiro de luxo na segunda temporada: Anthony Davis, um dos melhores pivôs da geração. Juntos pela equipe amarela e roxa, James e AD conquistaram o título em 2019/20, na fatídica temporada finalizada em Orlando, numa ‘bolha de isolamento social’ por conta do início da pandemia de covid-19.
Até que em 2024/25 foi a vez de Luka Doncic. Será que o torcedor dos Lakers irá ver mais um título com essa reunião estrelada em Los Angeles?