O novo 1º vice-presidente de Secretaria da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Marcelo Bertoni, afirmou ao Primeira Página que será uma voz ativa no Congresso e buscará trazer mais tranquilidade aos produtores rurais por meio de pautas relacionadas ao direito à propriedade e à segurança jurídica no setor do agro. (assista ao vídeo abaixo)
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Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni é eleito vice-presidente de Secretaria da CNA
Em entrevista exclusiva ao jornalista Edevaldo Nascimento, Bertoni apontou diversas questões delicadas que estão sendo apuradas pela entidade à nível nacional e estadual, e que devem ser entregues aos órgãos responsáveis, para que o setor agropecuário brasileiro tenha garantias e segurança.
Questões sensíveis relacionadas ao marco temporal, a faixa de fronteira, a retirada da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), e as questões tributárias e ambientais estão sendo pautadas pela comissão da CNA, e devem ser levadas aos debates do Governo Federal.
” Nós estamos aqui discutindo ainda o marco temporal, que não terminou e ainda está lá no STF em discussão. Faixa de fronteira – ontem (7) já tivemos aqui uma comissão que está discutindo os ritos de como será escrito para que nós consigamos fazer essa ratificação. Já as questões tributárias, também estávamos discutindo sobre a retirada da LCA dessa Medida Provisória. Temos também vários outros temas, como os ambientais”, explicou Bertoni.
Com relação aos debates específicos de Mato Grosso do Sul, o 1º vice-presidente destacou as questões jurídicas e o alongamento de dívidas da agricultura, na qual apenas o Rio Grande do Sul foi beneficiado pela última Medida Provisória.
“Não é só uma questão de Mato Grosso do Sul, entrou Paraná e o Nordeste que também estão com problemas. Só mudou um pouco a discussão, os problemas são os mesmos. Agora o tamanho que é bem maior, é a questão Brasil”, explicou.
Marcelo Bertoni afirmou que trabalho conjunto entre a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e a CNA seguirá durante seu mandato, e as relações devem se fortalecer, trazendo mais relevância à produção local. ” Nós estávamos sem cargo na CNA e agora ocupamos novamente uma cadeira de muita relevância aqui”, pontuou.
Ele aponta ainda que o trabalho em equipe foi fundamental para sua atuação efetiva na diretoria da CNA, e diz que seguirá à frente da Famasul, mas com uma agenda alternada entre Campo Grade e Brasília. Serão três dias por semana em cada cidade.