O ciclo da soja mato-grossense chega ao outro lado do mundo. No episódio final da série especial Caminhos da Soja, da Rede Mato-grossense de Comunicação, os jornalistas Kátia Kruger e Gustavo Arakaki mostram o que o grão cultivado no Brasil se transforma quando chega à China, país que compra a maior parte da produção nacional.
Em fábricas altamente tecnológicas, a soja ganha novas formas: vira ração animal, proteína e milhões de litros de óleo consumidos todos os dias por uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas.
No território chinês, o produto é transformado em rações para animais e em subprodutos para consumo humano como, por exemplo, o óleo de soja. Em apenas uma fábrica visitada pela equipe, em oito horas de trabalho, são produzidas mais de cinco mil embalagens de 20 litros de óleo.

De acordo com a jornalista Kátia Krüger, que esteve na jornada gravada na Ásia, a tecnologia aplicada em todos os setores e o cuidado com cada detalhe dentro das fábricas e laboratórios foi o que mais chamou a atenção em solo chinês. Segundo ela, também foi gratificante ver a valorização do produto brasileiro.
“Eles reconhecem a qualidade e a confiabilidade da soja brasileira, principalmente pela regularidade no fornecimento e pelo investimento em tecnologia no campo. Acompanhar a trajetória da soja desde o cultivo até o processamento na China mostra a dimensão real da cadeia produtiva e da importância do trabalho no campo. É gratificante ver como o produto brasileiro ganha valor e se transforma em alimento para milhões de pessoas” explicou Krüger.

Em 12 dias no território chinês, a equipe passou por três principais cidades: Xangai, Pequim e Nantong, fora os distritos menores. Na função de diretor e videomaker, o jornalista Gustavo Arakaki destacou que foi necessária muita preparação para que o projeto fosse realizado.
“Criamos um roteiro para a série e sabíamos exatamente o que queríamos mostrar em cada episódio. Na China tivemos apoio de uma consultoria que nos auxiliou a encontrar as empresas que tinham relação com o Brasil, mas também precisamos lidar com imprevistos, porque a gravação não foi linear, precisávamos pensar de que forma cada trecho iria agregar a série”, avalia.

Para ele, encerrar o projeto é como concretizar um sonho. “Participamos da concepção do projeto e acompanhamos cada etapa no Brasil, como nos Portos de Miritituba e de Santos, e na China. Conseguir entregá-lo conforme foi pensado é muito gratificante”, destacou o profissional.
Retrospectiva
No ar desde o dia 19 de setembro, a série trouxe para o telespectador toda a trajetória da soja brasileira. Foram percorridos mais de nove mil quilômetros entre lavouras, centros de pesquisa, armazéns, estradas, ferrovias e portos. A jornada passou por cidades estratégicas do agronegócio e alcançou também o cenário internacional, com gravações na Ásia.
A série começou no campo. No primeiro episódio, agricultores mostraram a paixão pela terra, falaram sobre os avanços tecnológicos nos últimos anos e os investimentos feitos nas lavouras para aumentar a produtividade da safra.
O segundo episódio mostrou a jornada da soja até o Porto de Miritituba no Pará e os desafios das estradas que interligam Mato Grosso ao Norte do país. A principal rota de escoamento de grãos ainda é por rodovias e a reportagem também abordou sobre os investimentos nas estradas.
Já o terceiro episódio continuou a jornada pelo Porto de Santos e como é realizada a logística do lado de cá do oceano. O objetivo foi mostrar o ponto final da soja ainda no Brasil e o carregamento dos navios de contêineres.
Todos episódios podem ser assistidos na íntegra na seção do Programa Mais Agro no Globoplay.
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