Uma parceria entre a comunidade de agricultores familiares de Bela Vista começa a tomar forma junto à Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). O projeto “Instalação de Cultivares de Batata-Doce” busca avaliar diferentes cultivares de sementes de batata-doce e observar como as mudas se adaptam às condições de solo e clima do município de Mato Grosso do Sul.
A iniciativa organizada pelo engenheiro agrônomo da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Giuliano Pimenta Couto, em parceria com o produtor rural Adilson Valenzuela, une conhecimento técnico à prática, semeando novas perspectivas de produtividade, renda e cooperação na região.
A ação tem como objetivo fortalecer a produção agrícola familiar através da identificação de variedades com melhor desempenho nos solos locais. Além de aproximar a ciência do cotidiano rural, a proposta une a experiência técnica às práticas tradicionais.
No projeto, o produtor rural ficou responsável pelo plantio e manejo das mudas, e contou a assistência do técnico da Agraer no acompanhamento das lavouras.

Adilson afirma que suas expectativas giram em torno dos benefícios que o aprendizado pode trazer aos vizinhos e parceiros. O produtor que já havia tido contato com algumas variedades em experiências anteriores, explica que faltava uma muda realmente adaptada ao solo local.
“Para nós, uma muda de batata-doce é muito difícil de conseguir. Temos poucas variedades. Graças ao Giuliano, vamos poder desenvolver esse projeto”, contou Valenzuela.
Alcance do projeto
Para além das pesquisas, as ramas produzidas devem ser multiplicadas e distribuídas a outros produtores interessados em cultivar a raiz. A prática reforçará a integração entre pesquisa e campo, fortalecendo o vínculo entre a assistência técnica e a produção rural sustentável.

O engenheiro agrônomo Giuliano Pimenta Couto afirma que a escolha dos cultivares mais adequados às condições de solo e clima locais eleva a produtividade e reduz custos.
De acordo com ele, as mudas de qualidade fornecidas contribuirão para a sustentabilidade do cultivo, tornando a produção agrícola familiar mais uniforme e rentável.
“Esse projeto também pode ser uma solução estratégica para atender à demanda local e inserir os produtores no contexto de políticas públicas, como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), garantindo mercados mais amplos para a batata-doce”, acrescentou o técnico.
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