Em setembro, as exportações da indústria de carne bovina (incluindo carne in natura e industrializada, miudezas comestíveis e sebo, entre outros subprodutos) alcançaram novos recordes históricos, com embarques de 373.867 toneladas e receita US$ 1,920 bilhão. Os valores representam um crescimento de 49% em faturamento e de 17% em volume em relação ao mesmo período de 2024.
Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), compilados pela Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), apontam ainda um faturamento de US$ 12,759 bilhões (+35,84%) e movimento de 2.349.077 toneladas (+18,7%) entre janeiro e setembro deste ano.
Tarifaço norte-americano
No segundo mês de vigência das taxas adicionais impostas pelos Estado Unidos, os embarques de carne bovina in natura caíram 58% no comparativo com o mesmo mês de 2024, com receita de US$ 42,2 milhões. Apesar do tarifaço, o país norte-americano manteve a segunda posição entre os maiores importadores em setembro de 2025.
A venda de carne bovina industrializada caiu 20% no mês passado, com faturamento de US$ 30 milhões. Já a exportação de sebo e gorduras bovinas caiu 7%, com receita de US$ 30,5 milhões. No total, os acordos comerciais de carne e subprodutos bovinos com os Estados Unidos somaram US$ 102,9 milhões.
Apesar da barreiras tarifárias, novas oportunidades comerciais com outros países foram concretizadas, o que comprova o forte desempenho do setor frente os obstáculos mercadológicos. No total, 130 países elevaram as suas compras, enquanto 48 reduziram.
Principais Relações Comerciais
A China continua sendo o principal importador de carne bovina brasileira, responsável por 47,2% das exportações. No acumulado do ano, as aquisições asiáticas somaram US$ 6,021 bilhões (+46,2%), com volumes de 1.135.786 toneladas embarcadas (+21,8%). Em 2025, o país importou 53% de toda carne bovina in natura exportada pelo Brasil.
Os países da União Europeia também têm se destacado neste ano, principalmente Itália, Países Baixos e Espanha. O bloco europeu foi o segundo maior importador de carnes e derivados em setembro, com receita de US$ 131,7 milhões (+106% em relação ao mesmo período de 2024), e embarque de 15.322 toneladas (+83%).
Além disso, a melhor remuneração paga pelos produtos brasileiros é feita por países da União Europeia, o preço médio alcançou US$ 8.739 por tonelada de carne bovina in natura em setembro de 2025. No acumulado do ano, as vendas somaram US$ 676 milhões (+63,5%), com embarques de 83.679 toneladas (+44,4%), colocando o bloco europeu na terceira posição do ranking de importadores durante o mês anterior.
Confira o ranking dos principais importadores de carne bovina brasileira no acumulado do ano, de janeiro a setembro de 2025:
- 1º – China – aquisições no valor de US$ 6,021 bilhões (+46,2%), e volume de 1.135.786 toneladas (+21,8%)
- 2º – Estados Unidos – aquisições totais no valor de US$ 1,708 bilhão (+55,1%) e volume de 593.118 toneladas (+50,7%)
- 3º – México – aquisições totais no valor de US$ 513,31 milhões (+251%) e volume de 94.266 toneladas (+195%)
- 4º – Chile – aquisições totais no valor de US$ 497 milhões (+37%) e volume de 90.910 toneladas (+17,5%)
- 5º – Rússia – aquisições totais no valor de US$ 364,93 milhões (+59%) e volume de 85.082 toneladas (+31%)